As figuras evocam o frescor do desenho espontâneo, transitando entre o real e o inventado, entre o estudo atento e a brincadeira. O processo é sempre experimental: começo com uma ideia de pose, mas deixo que o personagem surja durante a modelagem, ganhe vida própria e me conduza até sua finalização. Não busco apagar marcas do processo — se vestígios de dedos ou ferramentas complementam a obra, permanecem como cicatrizes do fazer.
Em grupo, criam uma sala de aula imaginária, onde o estudo do corpo se faz pela observação do diferente: corpos que não são venosos, nem musculosos, e que não buscam sensualidade. Suas anatomias inventadas e nuas afastam a ideia de desejo e provocação, propondo um olhar livre sobre o nu.
Não há ironia nem crítica direta em meu trabalho. Procuro oferecer leveza, movimento e até humor — seja nas proporções, nas poses ou nas cores estilizadas.
Esta série está em constante desenvolvimento. Novos personagens continuam surgindo a cada experimento, ampliando esse universo de possibilidades e reafirmando o prazer de inventar. A continuidade do projeto é essencial para mim, mantendo o campo aberto para novas formas, histórias e encontros.
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